CÁPSULA DO PÓ DAS CONCHAS DO MARISCO TIVELA MACTROIDES (BORN, 1778), COMO UMA NOVA FONTE DE CARBONATO DE CÁLCIO “VERDE” PARA TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE

Autores/as

  • ROBERTO MARTINS ALVES
  • ANTONIO JOSÉ ALVES

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.116

Palabras clave:

carbonato de cálcio, osteoporose

Resumen

A prevenção e o tratamento da osteoporose podem ser feitos através da suplementação de cálcio, com ou sem vitamina D. T. mactroides é um marisco que pertence à família Veneridae, sendo comumente explorada para alimentação humana ou comercialização das conchas para artesanato. Objetivos: determinar a concentração de carbonato de cálcio nos pós das conchas do marisco Tivela mactroides. Preparação de cápsulas de gelatina dura. Metodologia: foram pescados mariscos T. mactroides, na superfície ou enterrados em substrato arenoso-lamoso das águas rasas da praia do Pilar, no período de setembro de 2022 a março de 2024, na latitude: S 7°44’41’’ e longitude: W 34°49’23(37) na Ilha de Itamaracá, litoral norte de Pernambuco/Brasil. As medidas foram realizadas em paquímetro digital eletrônico.  As conchas foram lavadas, higienizadas em imersão em hipoclorito de sódio a 2,5% por 24h, lavadas, secadas em estufa a temperatura de 70 oC por 8h, pulverizadas em moinho de disco marca Raiar e tamisada em tamis granulométrica em aço Inox de 100 mesh (0,149 mm). As análises foram realizadas pelo método de titulação complexométrica com o sal dissódico do ácido etilenodiaminotetracético (Na2EDTA). O enchimento das cápsulas de gelatina dura de tamanhos 00 e 1 foi realizado por máquina encapsuladora manual de policloreto de polivinila (PVC). Resultados: As conchas se apresentaram na forma de valvas triangulares equilaterais, com bordas lisas de coloração creme e com padrões de linhas marrons. Apresentaram comprimento médio ± DP de 28,21 ± 1,79 mm, largura de 30,26 ± 1,77 mm e altura de 20,78 ± 1,36 mm. O comprimento máximo encontrado foi de 32,7 mm (n = 86). As concentrações de carbonato de cálcio do pó das conchas e do produto acabado contendo 1% de estearato de magnésio foram 98,81% e 98,28%, respectivamente. O pó foi envasado em cápsulas de gelatina dura e foram obtidos os seguintes pesos líquidos médios em mg ± DP (tamanhos das cápsulas): 1.133 ± 27,26 mg (00); 628 ± 11,11 mg (1), a variação do peso médio apresentou um CV de 2,41%. A concentração do produto acabado e a variação do peso médio se encontram dentro das especificações do produto, de 90% a 110% e de ± 7,5%, respectivamente (FB 5 ed.). Conclusões: esses resultados permitem afirmar que o produto desenvolvido apresentou uma qualidade satisfatória e poderá ser utilizado para prevenção e tratamento da osteoporose. Vai contribuir para o maior acesso da população a uma fonte de cálcio oriunda da biodiversidade litorânea do nordeste brasileiro, gerando uma cadeia de fonte de renda que inclui desde as catadoras de marisco (marisqueiras) até a indústria farmacêutica. Este é, até onde sabemos, o primeiro relato da produção de cápsulas de gelatina dura empregando pó das conchas do marisco T. mactroides. Se constituindo, portanto, numa fonte inesgotável de alimento e de carbonato de cálcio “verde”.

Publicado

2024-10-30

Cómo citar

CÁPSULA DO PÓ DAS CONCHAS DO MARISCO TIVELA MACTROIDES (BORN, 1778), COMO UMA NOVA FONTE DE CARBONATO DE CÁLCIO “VERDE” PARA TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE. (2024). International Journal of Health Sciences, 4(2), 173-174. https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.116

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