EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A PERCEPÇÃO DOS PAIS E FAMILIARES: PRIMEIRO ATENDIMENTO A CRIANÇAS VÍTIMA DE ASFIXIA

Authors

  • Andreza Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v4i1.306

Keywords:

asfixia infantil, prevenção à saúde, educação em saúde, capacitação da população, material instrucional

Abstract

A asfixia infantil é a principal causa de morte em crianças de até um ano e a quinta maior de internações pediátricas no mundo. A vulnerabilidade infantil a esse tipo de acidente está associada à imaturidade fisiológica, ao comportamento exploratório e à falta de conhecimento dos cuidadores sobre primeiros socorros. Dessa forma, a educação em saúde surge como uma estratégia essencial para capacitar a população na prevenção e no atendimento inicial a crianças vítimas de asfixia. A literatura destaca que a falta de treinamento formal e o aprendizado informal, muitas vezes por meio da televisão e internet, contribuem para a aplicação inadequada de manobras de primeiros socorros. Estratégias educativas podem reduzir a mortalidade infantil ao orientar cuidadores sobre a identificação dos sinais de asfixia e a correta aplicação da Manobra de Heimlich, procedimento essencial para a desobstrução das vias aéreas. Este estudo teve como objetivo analisar a percepção de pais e familiares sobre os primeiros socorros em casos de asfixia infantil e propor estratégias de educação em saúde, como a criação de uma cartilha instrucional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e transversal, realizada com 85 pais e familiares de crianças de 0 a 16 anos internadas no Hospital Regional de São José, Santa Catarina, em março de 2023. Os dados foram coletados por meio de questionários semiestruturados aplicados na UTI Neonatal (8,23%), Alojamento Conjunto (71,76%) e Emergência Pediátrica (20%). A análise das respostas foi organizada em quatro categorias: conhecimento sobre asfixia pediátrica, aptidão para prestar primeiros socorros, dificuldades enfrentadas e percepção sobre educação em saúde. Os resultados indicaram que, apesar de 75,29% dos participantes afirmarem conhecer o conceito de asfixia, 75,29% não saberiam como agir em uma emergência. O medo de errar e a falta de treinamento adequado foram os principais desafios relatados. Além disso, 29,41% dos entrevistados afirmaram que realizariam a Manobra de Heimlich, mas 14,11% adotariam condutas inadequadas, como sacudir a criança para tentar desengasgar. Com base nesses achados, foi elaborada uma cartilha educativa, visando suprir as lacunas de conhecimento e capacitar cuidadores para agir corretamente em casos de asfixia. Conclui-se que a disseminação de informações sobre primeiros socorros em maternidades, unidades básicas de saúde e escolas pode reduzir a mortalidade infantil. Recomenda-se a implementação de campanhas educativas, treinamentos sistemáticos de suporte básico de vida e o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à educação em saúde. Essas ações podem ampliar o impacto da prevenção e qualificar a resposta da população a emergências pediátricas.

Published

2024-12-30

How to Cite

EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A PERCEPÇÃO DOS PAIS E FAMILIARES: PRIMEIRO ATENDIMENTO A CRIANÇAS VÍTIMA DE ASFIXIA. (2024). International Journal of Health Sciences, 4(1), 201-219. https://doi.org/10.31692/2764-3433.v4i1.306

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