TECNOLOGIAS DIGITAIS NA PROMOÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS: POTENCIAIS IMPACTOS E RELEVÂNCIA EM AMBIENTES NÃO CLÍNICOS
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.135Palavras-chave:
envelhecimento, tecnologias digitais, promoção de saúdeResumo
As tecnologias digitais têm o potencial de promover a saúde e prevenir doenças na vida cotidiana dos idosos, contribuindo para autonomia, bem-estar e qualidade de vida, além de mitigar a solidão e o isolamento social. Entretanto, apesar do aumento da digitalização na faixa etária acima de 65 anos, os adultos mais velhos enfrentam maior exclusão digital em comparação aos mais jovens. Isso reflete na escassez de tecnologias digitais voltadas para a promoção da saúde, em contraste com intervenções analógicas. Nesse contexto, torna-se crucial identificar as tecnologias existentes, explorar seu potencial impacto na promoção da saúde e examinar sua relevância na rotina diária da população idosa. Objetivos: Identificar tecnologias digitais para promoção de saúde e prevenção de doenças em idosos, disponibilizadas para uso autônomo em ambientes não clínicos. Metodologia: Este estudo empregou uma revisão sistemática da literatura, utilizando as bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com foco nas fontes MEDLINE, LILACS e SCIELO nos últimos 5 anos (2019-2024). Os descritores "envelhecimento", "tecnologia" e "promoção de saúde", assim como seus correlatos em inglês e espanhol, foram combinados por meio dos operadores booleanos (AND e OR). Inicialmente, foram encontrados 149 artigos, sendo reduzido para 12 após a aplicação dos critérios de elegibilidade, com auxílio da plataforma Rayyan, por dois revisores duplamente cegos e um terceiro para resolver divergências. Resultados: Esta revisão destaca que o aumento da população idosa tem motivado pesquisadores a desenvolver diversas tecnologias para promover a educação em saúde. No entanto, é essencial aumentar os investimentos na construção e avaliação desses materiais para ampliar as possibilidades de intervenções em ambientes não clínicos. Destaca-se a presença significativa da tecnologia do tipo software nos estudos, contribuindo para a educação em saúde ao exercitar a memória por meio de estímulos visuais, táteis e auditivos. O vídeo também foi frequentemente utilizado, permitindo recursos simultâneos e lúdicos que favorecem a construção de imagens mentais e a associação visual, facilitando aprendizagem, memorização e o desenvolvimento de habilidades específicas. Entretanto, ainda assim nota-se uma subutilização de materiais audiovisuais em estudos voltados para a população geriátrica. Um grupo de idosos demonstrou motivação ao utilizar rastreadores de fitness vestíveis e aplicativos mHealth para monitorar atividades físicas. Adicionalmente, constatou-se que os meios de comunicação social, embora não direcionados primariamente à saúde, desempenham um papel significativo na busca por informações sobre essa temática e no gerenciamento de sintomas por parte dos idosos. Conclusões: Em contraste com a percepção amplamente difundida da resistência dos idosos às tecnologias, nossa revisão sistemática evidencia que elas desempenham um papel promissor na facilitação do acesso aos cuidados de saúde em ambientes não clínicos. Destacam-se as tecnologias do tipo softwares, produções audiovisuais, rastreadores de fitness vestíveis e aplicativos mHealth. Aproveitar essas plataformas, investir em novas tecnologias e promover incentivos governamentais para campanhas de e-Saúde são estratégias eficazes para aumentar a conscientização sobre a saúde e estimular a participação da população idosa nesse processo.
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