INTERVENÇÃO EXTENSIONISTA EM ILPIS: PROMOVENDO SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA PARA PESSOAS IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS EM JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.201Palavras-chave:
Idoso, promoção da saúde, relações comunidade-instituição, senescênciaResumo
O envelhecimento da população é um fenômeno complexo que exige uma resposta abrangente e integrada por parte da sociedade e dos sistemas de saúde. A população idosa tem maior suscetibilidade ao declínio físico e cognitivo, além da alta prevalência de depressão e isolamento social, por isso, ações extensionistas que preparem os futuros profissionais de saúde são fundamentais para lidar com a demanda desta população. Objetivos: Relatar como a intervenção extensionista voltada à promoção de saúde das pessoas idosas de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) em Jaboatão dos Guararapes-PE influenciou positivamente na qualidade de vida e bem-estar dessa população. Relato da experiência: Mediante análise prévia da realidade local das pessoas idosas residentes de uma ILPI, constatou-se a necessidade de se trabalhar a temática do estímulo à neurocognição, motricidade fina e saúde mental. Para isso, as pessoas idosas foram subdivididas em dois grupos, o primeiro grupo trabalhou a horticultura, a fim de estimular a socialização, cognição e independência, mediante o plantio de mudas de plantas no terreno da ILPI, o segundo grupo trabalhou a neurocognição e motricidade fina através dos jogos de jenga e jogo da memória, com cartas feitas e adaptadas para os idosos, ao final, os grupos de pessoas idosas inverteram as brincadeiras para que todos pudessem praticar ambas as abordagens. Simultaneamente, foi feita a confraternização com temática junina para fortalecer os laços entre os participantes e a equipe de intervenção, bem como gerar bem-estar e interação social entre as pessoas idosas. Reflexão sobre a experiência: As abordagens lúdicas trabalhadas juntamente com a confraternização transformaram a intervenção em uma experiência positiva e participativa. Os residentes não apenas entenderam o conteúdo das atividades realizadas, mas também se tornaram agentes ativos na melhoria de sua própria saúde e bem-estar. Esta intervenção promoveu um ambiente de engajamento e interação, capacitando as pessoas idosas a serem protagonistas na adoção de práticas saudáveis em suas rotinas diárias. Além disso, os jogos atrelados à horticultura têm a capacidade, a longo prazo, de melhorar a cognição destes indivíduos, atenuando os problemas já existentes como as doenças neurodegenerativas. As atividades executadas exigiam concentração, memória e tomada de decisão, esse conjunto de fatores ajuda a fortalecer as conexões neurais e desacelerar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento. Além disso, as atividades realizadas foram essenciais para ensiná-los a manter as suas capacidades de motricidade fina, essencial para a independência deles nas atividades diárias. A ação extensionista também promoveu bem-estar emocional e a socialização entre as pessoas idosas. Ao participar das atividades recreativas e interativas em grupo, foi possível reduzir o isolamento social, aumentar a autoestima, reduzir sintomas de tristeza e estimular a manutenção do uso da linguagem oral. Conclusões: A intervenção demonstrou sua eficácia ao criar um ambiente de interação social e aprendizagem contínua, essencial para a saúde das pessoas idosas institucionalizadas. Integrar atividades lúdicas no cotidiano dos residentes de ILPIs pode ser uma estratégia valiosa para melhorar sua qualidade de vida, ressaltando a importância de intervenções multidisciplinares e personalizadas na assistência geriátrica.
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