RELATO DE EXPERIÊNCIA “INOVASAÚDE”: MÍDIAS DIGITAIS PARA EDUCAÇÃO EM TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE

Resumo

A tecnologia e inovação em saúde têm trazido inúmeras contribuições para a prática médica atual. O estímulo à inovação e o desenvolvimento de habilidades em tecnologias digitais é essencial para os médicos lidarem com os problemas cada vez mais complexos na assistência ao paciente. No entanto, ainda é limitada a oferta de componentes para o aprendizado nessas áreas e, individualmente, desafiador para o aluno acompanhar, considerando a rápida evolução tecnológica. Nesse sentido, foi aprovado pela Pró-Reitoria de Extensão da UFPE, o projeto “InovaSaúde” que propõe a utilização de mídias digitais para educação em tecnologia e inovação em saúde através de podcasts com participação de acadêmicos e profissionais. Objetivos: Relatar a experiência de estudantes de medicina na produção e veiculação de podcasts para disseminação do conhecimento em tecnologia e inovação em saúde. Relato da experiência: Foi produzido um podcast em três episódios nos seguintes eixos temáticos: a) Inovações Clínicas, b) Inovações Cirúrgicas e c) Empreendedorismo e Gestão em Saúde. A preparação do roteiro de cada episódio foi baseada na participação dos extensionistas em seminários, seguidos de discussões em grupo, sobre temas relacionados a cada eixo. Cada exposição foi organizada por uma dupla de acadêmicos, de forma presencial, quinzenalmente, na UFPE. Os seminários do eixo de Inovações Clínicas abordaram as tecnologias digitais na saúde (TDS), com ênfase em telemedicina, acesso à informação, big data, e inteligência artificial em saúde. Já os de Inovações Cirúrgicas discutiram história da cirurgia, realidade virtual e aumentada na cirurgia, e cirurgia laparoscópica e robótica. Por fim, os do terceiro eixo trataram de startups em saúde, metodologias ágeis e design thinking em saúde, além das soft skills do médico do futuro. Ao final de cada ciclo de três seminários foram estabelecidos responsáveis por convidar pessoas com experiência relevante no tema, roteirizar, divulgar, apresentar, editar e publicar os episódios. Uma das gravações aconteceu de forma presencial no Núcleo de Telessaúde, laboratório de saúde digital do CCM/UFPE, e as demais de forma online através do Stream Yard. Um total de 18 estudantes de medicina foram envolvidos na produção, o resultado do projeto são três episódios de cerca de 1 hora e 30 minutos, veiculados no YouTube e no Spotify. O retorno do público foi bastante positivo, representado pelo excelente alcance obtido, além dos comentários de agradecimento, apenas no YouTube foram cerca de 300 visualizações. Reflexão sobre a experiência: A variedade dos temas trabalhados ampliou o horizonte dos participantes e ouvintes, ressaltando a interdisciplinaridade, criatividade e necessidade constante de atualização profissional no uso das tecnologias digitais e inovação em saúde. Além disso, os episódios têm potencial para serem utilizados como material complementar de discussões em sala de aula nas áreas de semiologia, cirurgia e gestão. Conclusões: Os resultados alcançados demonstram a importância da inclusão das temáticas relacionadas à inovação e as TDS no dia a dia dos acadêmicos e profissionais de saúde, visando enriquecer o aprendizado dos acadêmicos e melhor prepará-los para uma prática médica moderna em benefício dos pacientes.