SATISFAÇÃO COM AS APRENDIZAGENS EM TEMPO DE PANDEMIA: RELATOS E IMPRESSÕES DE ESTUDANTES DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v1i2.65Resumo
Em crescente estado de alerta desde o final de 2019, a pandemia se desenrolou no cenário mundial gerando grandes alterações nas estruturas sociais antes, teoricamente, estabilizadas. Instituições de Ensino Superior (IES) tiveram de fechar suas portas e suspender suas aulas presenciais. Sendo assim, foi recomendado pelo Ministério da Educação (MEC) na portaria nº 343 publicada no dia 17 de março de 2020 a substituição por aulas ministradas com a utilização de ferramentas digitais síncronas e/ou assíncronas, enquanto durar a pandemia. Para tanto, as instituições que acataram tal recomendação tiveram de se adequar velozmente ao novo cenário criando estratégias para o ensino remoto. Diante disso torna-se importante avaliar a satisfação com a aprendizagem entre universitários durante o momento de pandemia. Metodologia: Este estudo enquadra-se como uma pesquisa transversal de abordagem quantitativa e descritiva. A amostra utilizada incluiu estudantes do curso de saúde de uma faculdade particular de Pernambuco e foi do tipo não probabilística. Foram convocados todos os estudantes devidamente matriculados e que estivessem frequentando as aulas em formato remoto. O estudo recebeu aprovação do comitê de Ética em pesquisa (parecer nº 4.076.216). Para coleta das informações foi construído pelos pesquisadores um instrumento eletrônico através do serviço de criação de formulários eletrônicos (Google formulário). O referido formulário foi encaminhado por mala direta (e-mail) para os alunos mediante parceria com os representantes de turma de cada período do curso, que se responsabilizaram em encaminhar o link de acesso ao formulário. Resultados: Dentre o total de 77 alunos que responderam o questionário, cerca de 33,8% não concordaram com a portaria nº 343. 100% dos alunos usam com frequência algum equipamento de tecnologia e comunicação. 35,1% relataram que sua experiência com as atividades de ensino remoto foram regulares. Conclusões: De um modo geral os estudantes referiram que estão insatisfeitos com a oferta educacional oferecida. Além disso, não aprovam a medida legal para as atividades remotas educacionais. A instabilidade da conexão, a qualidade das aulas e as experiências com o ambiente foram motivos de maior insatisfação. Nesse sentido destaca-se a necessidade de se repensar todo o modelo criado para a realização das atividades remotas, na tentativa de reduzir a insatisfação, ampliar o acesso e melhorar o processo de aprendizagem dos alunos da área de saúde.
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