CONSIDERAÇÕES SOBRE A COMUNICAÇÃO DE IDOSOS SURDOS

Abstract

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil
está entre os 10 países com maior número de pessoas acima
de 60 anos. Um dos aspectos que surge,
naturalmente com o passar dos anos, é a presbiacusia, que se
trata da condição auditiva da grande maioria dos idosos,
caracterizada pela perda gradativa da audição. Nosso
interesse pelo tema surgiu a partir da crença que circulou na
sociedade há muito tempo sobre a incapacidade de aprender
das pessoas surdas, além da participação no curso de
Fonoaudiologia, que despertou minha curiosidade. Temos
como objetivo geral da pesquisa, investigar a comunicação
de idosos surdos da região metropolitana do Recife para
identificar se há prevalência de algum tipo de comunicação
como: Libras, oralização, escrita em língua portuguesa e/ou
outros recursos, e como objetivos específicos temos:
executar um levantamento bibliográfico do conteúdo
estudado; analisar documentos oficiais e/ou científicos que
demonstrem ações voltadas para os idosos surdos e sua
comunicação; eleger dados que melhorem as características
comunicacionais de idosos surdos. A metodologia
empregada foi a pesquisa qualitativa bibliográfica,
realizando a coleta em bases de dados, sites de instituições
governamentais e não governamentais, livros e
dissertações. Os resultados mostraram a dificuldade para
obter dados sobre a comunicação do surdo idoso, a falta de
apoio institucional para
reunir dados sobre a tal comunicação sejam eles alunos ou
não, determinando a necessidade de pesquisar outros
trabalhos. Tais trabalhos destacaram aspectos da comunicação desse surdo e as falhas apresentadas pela maioria dos profissionais por não possuírem formação que os ajudem a se comunicar idosos surdos. As ações de fonoaudiologia mostram prioritariamente, ações voltadas para a reabilitação auditiva com resultados expressivosatravés do emprego da tecnologia. Concluímos afirmando que o único perfil comunicacional do surdo idoso do Recife e área metropolitana mostrou que eles usam sinais rudimentares, Libras, oralidade, sem haver prevalência significativa de nenhuma dessas formas; os documentos oficiais fornecem informações importantes para a atenção às pessoas com perdas auditivas graves, sem, no entanto serem colocados em prática; a participação em grupos de idosos com problemas auditivos, ações educativas e terapêuticas são úteis para ajudá-los a enfrentar as dificuldades de suas vivências; o acompanhamento de um profissional da fonoaudiologia, preventivamente, ou nessa fase da vida pode evitar ou reverter muitos desses distúrbios e problemas, promovendo bem-estar e qualidade de vida mais efetiva para o idoso surdo