DESAFIOS NO TRATAMENTO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO BRASIL: ANÁLISE DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO E DE ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS – UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v1i1.62Resumo
O presente artigo tem por objetivo abordar os principais fatores relacionados aos desafios da esquistossomose mansoni no Brasil, dirigido a aspectos socioeconômicos e ao tratamento farmacológico. A pesquisa caracteriza-se como uma revisão integrativa realizada em seis etapas: o estabelecimento da questão do estudo, busca nas bases de dados, categorização da pesquisa, avaliação dos estudos incluídos na revisão, interpretação dos resultados e síntese dos conteúdos, no intuito de elucidar a pergunta norteadora: “O tratamento farmacológico usado na esquistossomose é eficaz? E quais são os aspectos socioeconômicos associados?”. A estratégia de busca fundamentou-se na utilização combinada de descritores controlados, dois por vez, com o termo booleano AND: Schistosoma AND Praziquantel, Schistosoma AND Socioeconomic e Schistosoma AND Brazil, nos acervos científicos Lilacs, PubMed e Science Direct. Aplicou-se como critério de inclusão o período de publicação entre 2015-2020 e oidioma português ou inglês. A seleção dos artigos deu-se deacordo com os critérios de inclusão, em pares e de acordo com a temática: 2- abordam o tratamento, 2- questões socioeconômicas e outros dois a situação da doença no Brasil num contexto geral. Se tratando do delineamento adotado, evidenciou-se na amostra: quatro revisões sistemáticas e dois estudos descritivos e retrospectivos. Após análise destes, os resultados evidenciam, a negligência da indústria farmacêutica no desenvolvimento de novos fármacos, casos de resistência medicamentosa ao praziquantel e a ineficácia deste em algumas condições, como, por exemplo, impedir a reinfecção, atuar na forma imatura e no ciclo de vida do esquistossomo. Cita-se também que a população acometida prioritariamente são aquelas em condições de pobreza e a importância da atuação governamental na realização do monitoramento de áreas de foco, manutenção da infraestrutura e educação em saúde. Conclui-se que a atuação em conjunto das ciências farmacêuticas e esferas governamentais, é fundamental para a erradicação da doença.
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