EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS NO PROJETO DE ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA PARA MATURAÇÃO DA FÍSTULA ARTERIOVENOSA DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ESTÁGIO CONSERVADOR
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.186Palabras clave:
insuficiência renal crônica, relações comunidade-instituição, habilidades sociais, aprendizagem ativa, fisioterapiaResumen
A doença renal crônica (DRC) é um grave problema de saúde pública que repercute na funcionalidade e homeostasia renal, culminando na perda progressiva e irreversível estrutural e funcional dos rins. Na fase mais avançada da DRC, é necessário a confecção cirúrgica de um acesso vascular para o tratamento hemodialítico, denominado de fístula arteriovenosa (FAV), devido à menor taxa de complicações e à melhor qualidade de vida do paciente a longo prazo. Objetivo: Proporcionar experiência de assistência fisioterapêutica no atendimento a pacientes com DRC em estágio conservador a estudantes de graduação em fisioterapia, implicando no desenvolvimento de habilidades e competências e favorecendo a imersão nas atividades do tripé ensino-pesquisa-extensão. Relato de experiência: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado em um projeto de pesquisa e extensão, desenvolvido no Departamento de Fisioterapia da UFPE, na Cidade do Recife-PE, em parceria com a clínica-escola de fisioterapia e o ambulatório de Nefrologia do Hospital das Clínicas da UFPE, de Janeiro a Junho de 2024. O público-alvo deste estudo foram acadêmicos de graduação em fisioterapia do quarto ao oitavo período. O projeto possui atividades de avaliação, atendimentos e de reuniões científicas e iniciou com duas semanas de treinamento teórico e teórico-prático, para que os alunos fossem devidamente capazes de participar criticamente e ativamente das atividades. Foram realizadas avaliações físico-funcionais dos membros superiores incluindo parâmetros clínicos, funcionais e ultrassonográficos. Os atendimentos ocorreram duas vezes por semana de forma presencial e permitiram aos alunos a execução de um protocolo de exercícios criado especificamente para a maturação de vasos sanguíneos da FAV, sob a supervisão de fisioterapeutas devidamente qualificados. As reuniões científicas foram organizadas para discutir evidências e avanços na assistência fisioterapêutica renal. Reflexão sobre a experiência: A DRC frequentemente evolui com um declínio funcional e comorbidades como hipertensão, diabetes, alterações visuais e auditivas, desafiando os estudantes a adaptarem a abordagem. Esta deve ser acessível para incluir estratégias adaptativas, como alterações no tom de voz, posicionamento estratégico para leitura labial, gestos claros e expressões faciais compreensíveis. Ainda, a necessidade de adaptar os programas de exercício terapêutico às capacidades individuais, monitorando cuidadosamente as respostas e ajustando a intensidade conforme necessário. Nesse contexto, os pacientes também lidam com desafios significativos, como a resistência ao exercício, sendo esta uma barreira no processo de adesão ao tratamento. Assim, faz-se necessária uma abordagem empática para acolher e estratégias de estimulação para favorecer a adesão ao tratamento. Esse comportamento, em consequência, melhora a qualidade de vida dos pacientes e enriquece a formação acadêmica dos estudantes. Conclusão: Os acadêmicos de graduação em fisioterapia de diferentes períodos tiveram a oportunidade de adquirir experiência teórico-prática no atendimento a pacientes com DRC em estágio conservador. Foram desenvolvidas habilidades e competências necessárias no processo assistencial com destaque para um acolhimento mais acessível e uma comunicação empática.
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