A IMPORTÂNCIA DA PROVA COGNITIVA DE LEGANÉS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE EXTENSÃO BOA IDADE DO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DA UFPE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.191Palavras-chave:
idoso, testes neuropsicológicos, equipe interdisciplinar de saúdeResumo
A prova cognitiva de Leganés (PCL) é um conjunto de avaliações da neuropsicologia utilizado para medir e avaliar habilidades cognitivas em pessoas idosas, incluindo idosos com demências ou outros comprometimentos cognitivos. O teste é adaptável para diferentes níveis de educação, trazendo inclusão e melhorando a atuação clínica. As informações obtidas a partir da aplicação deste teste neuropsicológico podem ser utilizadas para nortear os procedimentos de avaliação e as intervenções terapêuticas em grupo como as que ocorrem no projeto de extensão intitulado Projeto Boa Idade (PBI). Objetivo: Descrever um relato de experiência relacionado à utilização da prova cognitiva de Leganés, a partir da perspectiva dos estudantes que participam do Projeto Boa idade. Relato de experiência: O PBI acontece uma vez na semana, sendo composto por estudantes de fisioterapia, psicologia e terapia ocupacional e coordenado por uma docente do Departamento de Fisioterapia da UFPE. Trata-se uma atividade em grupo que trabalha aspectos cognitivos e motores de pessoas idosas acometidas com osteoartrite, estando vinculado à Liga de Fisioterapia em Gerontologia (LAFIGER). Os encontros realizados na Clínica Escola de Fisioterapia da UFPE são divididos em quatro partes principais: a primeira baseia-se em atividades que estimulem memória e cognição dos participantes; a segunda parte consiste num aquecimento do corpo com alongamentos; a terceira parte compreende um circuito de exercícios, envolvendo várias partes do corpo, com objetivos de melhorar força muscular, equilíbrio e prevenir quedas; enquanto a última parte que consiste num relaxamento para desaquecimento corporal. A PCL foi aplicada nos pacientes, anteriormente à realização de anamnese, exame físico e demais testes clínicos que compõem a avaliação fisioterapêutica. Reflexão sobre o projeto: A participação no PBI foi profundamente enriquecedora ao proporcionar um contato próximo com as necessidades e realidades dos idosos. Este envolvimento chamou atenção, especialmente para as questões cognitivas do público-alvo, permitindo-nos desenvolver, através de uma intervenção interdisciplinar, abordagens que integrassem aspectos físicos e mentais. A utilização da PCL para avaliar a capacidade cognitiva dos participantes foi fundamental, pois permitiu que a avaliação fisioterapêutica fosse realizada de acordo com a capacidade de compreensão de cada participante. Além disso, os resultados da PCL tanto orientaram estratégias terapêuticas para o desenvolvimento mental e intelectual dos pacientes, quanto indicaram adaptações nas demais atividades motoras realizadas no projeto. Isso tornou os encontros mais interessantes e vantajosos, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos participantes. Conclusão: A experiência no PBI, juntamente à aplicação da PCL, destacou a importância de abordagens integradas para a qualidade de vida na terceira idade. Os relatos expostos enfatizam essa ferramenta como um facilitador na identificação das necessidades individuais e ressalta seu papel como um guia para elaboração de intervenções personalizadas. Assim, ao utilizar uma intervenção interdisciplinar, capaz de associar atividades que combinam estímulos cognitivos e físicos, promovemos um progresso substancial no desempenho dos participantes.
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