A IMPORTÂNCIA DA MENSURAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E DESEMPENHO FÍSICO DOS IDOSOS DO PROJETO DE EXTENSÃO BOA IDADE A PARTIR DA SHORT PHYSICAL PERFORMANCE BATTERY-SPPB: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.193Palavras-chave:
avaliação geriátrica, idoso, desempenho físico funcionalResumo
A senescência acarreta uma série de mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais significativas, que afetam diretamente a capacidade funcional e o desempenho físico das pessoas idosas. Diante disso, a mensuração precisa desses aspectos é crucial para identificar limitações precocemente, monitorar a saúde ao longo do tempo e guiar intervenções específicas destinadas a melhorar o bem-estar desses indivíduos. Objetivo: Relatar a importância da mensuração da capacidade funcional e desempenho físico das pessoas idosas atendidas no Projeto Boa Idade (PBI) por meio da SPPB (Short Physical Performance Battery), a fim de monitorar a saúde, identificar limitações e orientar intervenções específicas. Relato de experiência: O Projeto de Extensão Boa Idade (SIGAA: PJ155-2023) promove o atendimento em grupo de pacientes com osteoartrite, ocorrendo às quintas-feiras na Clínica Escola do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco. O PBI é um projeto multidisciplinar que abrange estudantes de fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia e está vinculado à Liga de Fisioterapia em Gerontologia (LAFIGER). Cada encontro iniciava-se com a aferição da pressão arterial, seguida por dinâmicas em grupo, alongamentos e um protocolo de exercícios específicos, que foram realizados por estudantes que ajudavam os idosos na prática dos exercícios, sob a supervisão das professoras, coordenadoras do projeto. Para a mensuração da capacidade funcional e desempenho físico, os pacientes foram avaliados por meio da aplicação da bateria de testes SPPB que é composta pela avaliação da velocidade da marcha, equilíbrio estático e força dos membros inferiores. Cada teste era pontuado individualmente e a soma dessas pontuações resultava uma medida geral que variava de 0 a 12 pontos, categorizando os pacientes em diferentes níveis de capacidade, possibilitando assim um direcionamento específico para o tratamento fisioterapêutico. Reflexão sobre o projeto: As pessoas idosas participantes do PBI constituem um grupo bastante heterogêneo acerca da capacidade funcional e desempenho físico, pois, embora possuam uma queixa comum de osteoartrite, esta é localizada em articulações variadas. Além disso, a natureza poliqueixosa típica de pacientes reumatológicos confere grande variabilidade às queixas e aos sintomas deste grupo. Dessa forma, a avaliação individualizada dos idosos, assim como a aplicação da SPPB evidenciou uma prática fundamental no que se refere ao planejamento das atividades fisioterapêuticas com o grupo, de acordo com as queixas funcionais e com a capacidade e o desempenho físico avaliados. Sendo evidenciada a importância da mensuração desses dados como parte inicial da avaliação, a fim de promover e possibilitar a realização de exercícios fisioterapêuticos específicos para cada nível de capacidade, proporcionando um atendimento que mesmo sendo realizado em grupo, se adeque às necessidades de cada paciente. Conclusão: Diante do exposto, a SPPB mostrou-se uma ferramenta avaliativa valiosa para a monitorização da saúde física, assim como para a identificação precisa das limitações e restrições funcionais dos participantes do PBI. Assim, foi possível, um melhor planejamento das condutas, a fim de promover melhoras significativas na capacidade funcional, desempenho físico e qualidade de vida deste grupo.
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