RELATO DE EXPERIÊNCIA FRENTE A UMA PACIENTE COM POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (PAF)

Autores

  • RENATA MELO GONDIM
  • JADSON MENDONÇA GALINDO

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.146

Palavras-chave:

assistência de enfermagem, polipose adenomatosa familiar, cuidado integral

Resumo

A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma doença hereditária, autossômica dominante, com penetrância próxima de 100%. Sua incidência é de aproximadamente 1 em 16000 nascidos vivos, sendo responsável por menos de 1% dos casos de câncer colorretal. Os pólipos estão presentes em 50% das pessoas até os 15 anos de idade e em 95% das pessoas até os 35 anos de idade. Em praticamente todas as pessoas não tratadas, os pólipos se desenvolvem em câncer do intestino grosso ou do reto antes dos 40 anos de idade. A PAF se manifesta pela presença de numerosos pólipos adenomatosos com aumento do risco de neoplasias malignas em topografias além do intestino grosso, como duodenais, ampulares e gástricas. Estes pólipos podem estar presentes vários anos antes do aparecimento dos sintomas, fato que ratifica a importância de investigação precoce dos familiares de pacientes acometidos pela doença. O rastreio desta patologia é realizado de duas formas, por meio de endoscopia e testes genéticos. A colonoscopia ou sigmoidoscopia flexível com presença de 10 ou mais pólipos já evidencia uma forte suspeita, entretanto, só é possível diagnosticar definitivamente a partir dos testes genéticos. A maioria dos pacientes com PAF é submetida à colectomia profilática. A decisão pelo tipo de cirurgia a ser realizada se dá por uma série de fatores, como o efeito preventivo da operação, o impacto pós-operatório na qualidade de vida, a idade do paciente, a distribuição dos pólipos e outras eventuais comorbidades. Objetivos: Relatar a experiência vivenciada por enfermeiros da clínica cirúrgica do Hospital das Clínicas de PE (HC-UFPE) frente a uma paciente jovem com uma doença rara e limitante. Método: Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por enfermeiros durante a assistência de enfermagem. Resultados: Durante o período do internamento foi possível avaliar a paciente M.T.S, 31 anos, portadora de PAF, com conhecimento do diagnóstico desde 2019, previamente já tendo realizada algumas cirurgias como: proctocolectomia total, confecção de ileostomia e gastroduodenopancreatectomia, todas com o objetivo de retirar alguns pólipos com indicativo de malignidade. Identificamos na sistematização da assistência de enfermagem, diagnósticos como: Ansiedade, Risco para desequilíbrio de volume de líquidos e dor. Após as intervenções realizadas e o cuidado holístico da equipe podemos perceber melhora no humor, no desequilíbrio do volume e da dor. Paciente teve alta com orientações para retorno e acompanhamento com a equipe. Conclusão: É importante o conhecimento abrangente da patologia para que reflita em uma assistência adequada e individualizada da enfermagem.

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Publicado

09-11-2024

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