“NA PALMA DA MÃO”: UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE INOVADORA NO HU-UNIVASF
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.171Keywords:
acidente de trânsito, sistema único de saúde, educação em saúde, direitos sociais, inovaçãoAbstract
O Ministério da Saúde (2001) compara os acidentes de trânsito terrestre a modernas epidemias de nível global, consistindo em um conjunto de agravos à saúde, podendo levar ao óbito ou não, a partir de causas acidentais ou não, enfatizando assim a possibilidade preventiva da sua ocorrência a partir de medidas de segurança. Neste direcionamento, a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) alterou a definição para sinistro de trânsito através da NBR 10.697/2020, ancorada no fato de que o acidente não é algo inesperado e sem prevenção, pois os dados revelam a imprudência enquanto um grande fator ocasionador dos sinistros, podendo, portanto, ser evitado, prevenido através da mudança comportamental dos condutores. Uma estratégia importante é a educação para o trânsito, também entendida enquanto educação em saúde, tendo em vista a interface desse fenômeno com a seguridade social, sobretudo, o Sistema Único de Saúde, mediante seus impactos e custos. Objetivo: Apresentar “Na Palma da Mão” enquanto estratégia de educação em saúde inovadora no Hospital Universitário Dr. Washington Antônio de Barros (HU-UNIVASF). Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de cunho exploratório, com uso de dados secundários (epidemiológicos) relacionados aos STT de domínio público. Resultados: Os dados levantados na Organização Mundial da Saúde, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ministério da Saúde e HU-UNIVASF subsidiaram a concepção do aplicativo “Na Palma da Mão”, um software com serviços na área do trânsito, que armazenará uma gamificação para educação no trânsito, na perspectiva de contribuir para a educação em saúde dos pacientes vítimas de STT atendidos no HU-Univasf. Destarte que a estratégia se define enquanto inovadora uma vez que seu desenvolvimento estético e de serviços estão relacionadas às necessidades específicas do público de trabalhadores rurais vítimas de STT atendidos no HU-UNIVASF no contexto do semiárido. Sendo assim, todo o aplicativo e a gamificação seguem esse padrão estético cultural, dos costumes e hábitos do cotidiano do campo. Além disso, dentre os serviços que serão ofertados, destaque para os direitos sociais intrínsecos a esse público, que acometido pelos STT tendem a necessitar de serviços e benefícios de proteção social. A proposta se justifica pelo crescimento de notificações de STT no HU-UNIVASF entre o público rural, do sexo masculino, cada vez mais jovem, que acaba internados devido a práticas inseguras e inadequadas no trânsito no campo, espaço de protagonismo econômico na formação social e econômica de Petrolina- PE, cuja principal atividade é a fruticultura irrigada para exportação, mas de relevante invisibilidade para a agenda pública. Conclusões: O aplicativo constituído pelos seus serviços, dentre eles, a gamificação contextualizada do semiárido poderá favorecer maior adesão do público tendo em vista o potencial proporcionado pelo sentimento de pertencimento e identificação dos trabalhadores rurais no contato com informações relevantes e fundamentada na cultura cotidiana nas relações desenvolvidas no âmbito do trânsito, acrescido do potencial multiplicador, envolver a família na disseminação de informações e contribuir para a redução dos STT na Macrorregião Interestadual de Saúde do Vale do São Francisco – Pernambuco e Bahia atendidos no HU-UNIVASF.
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