GRUPO DE APOIO EM DERMATITE ATÓPICA: CUIDAR-UFPE NA FORMAÇÃO MÉDICA
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.195Keywords:
dermatite atópica, extensão comunitária, grupos de apoioAbstract
A dermatite atópica (DA) é uma dermatose crônica que compromete a qualidade de vida de pacientes e familiares. A associação do tratamento medicamentoso com práticas não-medicamentosas pode promover uma melhora do quadro clínico do paciente por englobar de forma ampla o tratamento da DA. Pensando nisso, foi criado o projeto de extensão Cuidados Integrais na Dermatite Atópica (CUIDAR) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atuando no Hospital das Clínicas (HC), especificamente no ambulatório de dermatoses do Serviço de Alergia do HC-UFPE, os extensionistas participam da reunião do Grupo de Apoio da Associação de Apoio à Dermatite Atópica (AADA), realizada mensalmente com o intuito de promover a troca de experiências acerca da convivência com a DA. Objetivos: Relatar a experiência dos membros do CUIDAR na reunião da AADA no HC- UFPE. Relato da experiência: As reuniões da AADA ocorrem mensalmente para familiares e pacientes portadores da DA. Esses encontros são divididos em dois ambientes: a reunião para pacientes acima de 12 anos de idade e familiares, e um espaço para realização de atividades lúdicas de conscientização sobre a doença para crianças menores. O foco das reuniões é tornar o paciente ou cuidador um protagonista na jornada sobre a DA, com busca de maior entendimento da perspectiva do portador da doença e seus familiares, troca de experiências entre eles e instrumentalizar os profissionais de saúde para ajudá-los no processo da doença. Cada participante fica livre para relatar dificuldades, sentimentos, experiências e a jornada com a DA, sendo moderada por médicos especialistas, residentes (Alergia, pediatria e Dermatologia), psicóloga e extensionistas. Com as crianças menores, são aperfeiçoadas as habilidades de comunicação, para entenderem qual a doença que possuem, como cuidar para não piorar e ajudá-las a expressar os sentimentos através de jogos educativos com abordagem sobre a DA, desenhos e brincadeiras. Reflexões sobre a experiência: A compreensão holística por meio da escuta ativa é uma das bases do CUIDAR. Através desse mecanismo, os extensionistas são capacitados a ouvir não apenas os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, mas também suas preocupações, expectativas, valores e crenças. Além disso, promove o desenvolvimento de habilidades interpessoais, como empatia, sensibilidade e respeito. A participação dos extensionistas na reunião facilitou a compreensão da realidade dos cuidadores e pacientes com DA através da oportunidade de escutar como eles se enxergam, assim como sua vivência diante a DA e das pessoas em seu entorno. Estas competências são essenciais para uma prática médica humanizada e centrada no paciente. Conclusões: A participação nas reuniões da AADA proporcionou uma experiência enriquecedora e fundamental para o desenvolvimento de habilidades essenciais na formação médica dos extensionistas. Através da escuta ativa e do envolvimento direto com pacientes e familiares portadores de DA, foi possível aprimorar competências comunicativas e empáticas, que são vitais para uma prática médica humanizada. Esta experiência reforça a importância do papel do médico como facilitador e apoiador no processo de compreensão e manejo da doença, contribuindo para uma abordagem integral no tratamento da DA.
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