ESTADO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO GESTACIONAL EM PACIENTES INTERNADAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE ALTO RISCO

Autores

  • PRISCILA BARBOSA BEZERRA NUNES
  • JOYCE DE JESUS OLIVEIRA
  • CÁSSIA MARIA DO NASCIMENTO
  • MARIA SIDIANE MARQUES DA SILVA
  • JORDANIA FEITOSA VELOSO
  • MELLINA NEYLA DE LIMA ALBUQUERQUE
  • LUDMILLA MOEMA LOPES DE SOUSA

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.177

Palavras-chave:

gestantes, ganho de peso gestacional, saúde materno-infantil

Resumo

A gestação é um período singular do desenvolvimento humano, acompanhado por alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas que repercutem nas necessidades nutricionais maternas e que são necessárias para a regulação do metabolismo materno e a promoção do crescimento fetal. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e o ganho de peso gestacional em pacientes acompanhadas em hospital universitário de alto risco. Metodologia: Estudo transversal, realizado no Hospital das Clínicas de Pernambuco, utilizando dados provenientes de prontuários clínicos de gestantes adultas internadas no período de abril de 2023 a abril de 2024. Foram excluídas gestantes gemelares e com gravidez ectópica. Os dados coletados foram idade cronológica, idade gestacional, estatura, peso pré-gestacional, peso atual, Índice de Massa Corporal (IMC) e ganho de peso gestacional (GPG). A classificação nutricional foi realizada conforme os pontos de corte definidos pela curva de IMC gestacional de Atalah (Chile) (1997) e as recomendações de GPG do Institute of Medicine – IOM (Estados Unidos) (2009), bem como pelas curvas e recomendações de GPG específicas para a população brasileira adotadas pelo Ministério da Saúde (2022).  Para tabulação de dados, foi utilizado o software Excel, sendo os dados expressos por meio de médias e respectivos desvios-padrões e frequência. Este estudo seguiu as normas éticas de pesquisas e foi aprovado sob o parecer n° 2877855 (CAAE 93448918.8.0000.5208). Resultados: A amostra do estudo foi constituída por 358 gestantes entre a 6° a 40º semanas gestacionais. A idade média foi de 28,01 anos (DP: ± 6,80) e a média de idade gestacional foi 26,88 semanas (DP: ±8,18). O IMC pré-gestacional médio foi de 28,56 kg/m² (DP: +7,72), demonstrando um estado de sobrepeso predominante antes da gestação. Convém destacar, que cerca de 37% das gestantes admitidas (N=118), já apresentavam IMC de obesidade. Quanto à avaliação antropométrica durante a gestação, conforme as curvas de Atalah, houve uma frequência de 14,11% (n=45) de baixo peso, 26,96% (n=86) de sobrepeso e 37,3% (n=119) de obesidade para a idade gestacional. No que diz respeito à avaliação do GPG, a maioria das gestantes  (54,66%) apresentou um ganho de peso elevado. Conclusão:  O excesso de peso prévio à gravidez foi predominante nas pacientes de alto risco avaliadas nesta amostra, bem como durante o período gestacional. De semelhante forma, o GPG acima das faixas recomendadas também atingiu mais da metade dessa população. Considerando que esse perfil nutricional inadequado é associado a complicações maternas e desfechos perinatais e infantis adversos, tais resultados podem estimular a condução de novos estudos que acrescentem subsídios para estabelecimento de intervenções adequadas desde o planejamento familiar, que auxiliem no monitoramento do estado nutricional materno e no cuidado à saúde materno infantil.

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Publicado

30-10-2024

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