TAXONOMIA DE BLOOM: TRABALHANDO O APRENDIZADO AFETIVO COM PROFISSIONAIS INTENSIVISTAS

Autores

  • MARIA VERÔNICA MONTEIRO DEABREU
  • LADJANE SANTOS WOLMER DE MELO
  • SUÊNIA GABRIELLE CÂNDIDA MARINHO
  • JANAINA MARIA SILVA VIEIRA
  • MICHELE MARIA GONÇALVES GODOY

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.165

Palavras-chave:

taxonomia de bloom, aprendizado afetivo, UTI, segurança do paciente

Resumo

Os objetivos de aprendizagem afetiva da Taxonomia de Bloom envolvem sentimentos, emoções, atitudes, valores e motivações. Observou-se que mesmo em treinamentos acreditados é frequente a priorização de objetivos de aprendizagem cognitivos. Os domínios psicomotor e afetivo, essenciais para o sucesso de profissionais de saúde, são minimizados no planejamento didático. Objetivo: Realizar treinamento da equipe multiprofissional da UTI adulto do Hospital das Clínicas UFPE/Ebserh para aprendizado afetivo motivador visando melhor assistência ao paciente crítico. Relato: Havia três ambientes separados por cortinas: AVIÃO: os participantes eram convidados a sentar e se sentir pilotos do avião projetado na tela e refletir sobre as indagações feitas pelas instrutoras e lidas por eles próprios. Reflexões sobre segurança nos voos, dupla checagem, trabalho em equipe, preocupação dos passageiros sobre sua própria segurança e por que a tripulação não esquece de fazer os checklists, e no hospital esquecemos. Porque é mais arriscado estar internado do que num voo. Enfatizamos que quando há falha na aviação os pilotos e copilotos também estão em risco, enquanto na UTI se falharmos quem está sob risco é o paciente. Então, nesse momento, o avião decola em segurança, os participantes são parabenizados pelo sucesso e surge na tela um paciente chegando na UTI. UTI: os profissionais entram rapidamente para receber o paciente deitado na cama e visualizam a sombra dos pais, em tamanho real, saindo do ambiente. Soa um alarme. As instrutoras chamam atenção sobre verificar prontamente esse alerta. A seguir são chamados a ler, em voz alta, um participante por vez, os pensamentos que a equipe precisa ter para checar tudo ao receber o paciente. Depois são convocados a lerem os pensamentos dos pais preocupados como a equipe vai cuidar do amor da vida deles. Os pais verificam que a UTI é organizada, limpa e que todos foram acolhedores. As instrutoras reforçam a importância de dar explicações e acolher os acompanhantes para se sentirem seguros. Faz-se nesse momento um reforço positivo das qualidades da equipe da UTI. CÉU: um ambiente azul, cheio de nuvens, onde se lê: você confiaria deixar sua família na nossa UTI? Você se sente piloto de seus pacientes? Neste momento, são oferecidas placas com diferentes respostas para uma foto opcional, com quepe de piloto, numa maquete lúdica de avião. Instrutoras incentivam comentários sobre a ação e concluem que ao sair da unidade estejamos tranquilos de termos sido pilotos responsáveis e dedicados. Reflexão: Observa-se que muitos participantes se emocionaram ao responder se aceitavam ser pilotos de seus pacientes e principalmente com as falas dos pais saindo da UTI. Compreenderam que a função de “piloto” cabe a todas as categorias da equipe assistencial, sendo a responsabilidade de cada um. Houve 125 participantes da equipe multiprofissional nesta ação. Conclusão: Sabe-se que ao atingir o aprendizado afetivo existem mais chances de mudanças de atitudes, o que no caso de profissionais de saúde é recomendável. Aproveita-se para reforçar a importância do protagonismo do paciente e familiares durante o tratamento para que se sintam seguros de que estamos cumprindo todos os procedimentos.

Downloads

Publicado

09-11-2024

Artigos Semelhantes

21-30 de 142

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.