NOTAS DE ESPERANÇA: BENEFÍCIOS DA MUSICOTERAPIA PARA INTERAÇÃO SOCIAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
DOI :
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v5i1.291Résumé
Caracterizado por dificuldades contínuas na comunicação, na interação social e por comportamentos repetitivos e restritos, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta o neurodesenvolvimento em múltiplos contextos. Com a crescente prevalência do TEA, diversas terapias têm sido utilizadas para melhorar a qualidade de vida dessas crianças, incluindo a musicoterapia. Essa prática utiliza a música como intervenção terapêutica para estimular habilidades comunicativas, sociais e emocionais. Neste contexto, este estudo teve como objetivo avaliar os benefícios da musicoterapia na promoção da comunicação e interação social de crianças com Transtorno do Espectro Autista, a partir de uma revisão integrativa da literatura científica. Para isto, foi realizada uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados MEDLINE, LILACS e Periódico CAPES. Foram utilizados os descritores “musicoterapia” e “autismo”, combinados com o operador booleano “AND”. A busca abrangeu publicações entre 2014 e 2024, em português, inglês e espanhol. Os estudos foram avaliados quanto à relevância e qualidade metodológica, buscando-se sintetizar os benefícios da musicoterapia na comunicação e interação social de crianças com TEA. Os resultados evidenciam que a musicoterapia proporciona benefícios significativos na comunicação, sincronia rítmica, interação social e qualidade de vida familiar de crianças com autismo. Além de estimular habilidades sociais e emocionais, cria um ambiente seguro para o desenvolvimento comunicativo no ritmo individual de cada criança. A intervenção também fortalece vínculos familiares, promovendo momentos de conexão emocional. A discussão reforça a relevância da musicoterapia, reconhecida pela Portaria nº 849/2017 no SUS, destacando sua aplicação na reabilitação neurológica e no desenvolvimento humano. Ao atender necessidades físicas, emocionais e sociais, a prática favorece a integração interpessoal e a transferência de habilidades terapêuticas para além do contexto musical, com impactos positivos na saúde e bem-estar geral. Diante disso, foi visto que a musicoterapia é uma abordagem eficaz e interdisciplinar no tratamento de crianças com TEA, proporcionando melhorias significativas na comunicação e interação social. No entanto, a escassez de estudos originais na área indica a necessidade de mais pesquisas empíricas que explorem o impacto dessa prática terapêutica.

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