PROJETO DE EXTENSÃO DE ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA MATURAÇÃO DA FÍSTULA ARTERIOVENOSA DE PACIENTES COM A DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ESTÁGIO CONSERVADOR
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.188Palabras clave:
relações comunidade-instituição, fisioterapia, fístula de anastomose, insuficiência renal crônica, exercício terapêuticoResumen
A Fístula Arteriovenosa (FAV) na Doença Renal Crônica (DRC) corresponde a um acesso vascular autógeno confeccionado para a realização de hemodiálise (HD). Contudo, após a sua confecção pode ocorrer complicações incluindo a perda, denominada de falha. A fisioterapia pode contribuir para o desenvolvimento e processo de maturação da FAV, assim como para prevenir a ocorrência da falha primária. Objetivo: Promover e executar a assistência fisioterapêutica para a maturação da FAV em pacientes com DRC em estágio conservador, qualificando a formação de discentes do curso de graduação em fisioterapia através de um projeto de extensão. Método: Trata-se de um projeto de extensão (SIGAA-UFPE n° PJxxx-2024) realizado no Departamento de Fisioterapia da UFPE em parceria com os serviços de Nefrologia do Hospital das Clínicas e do Real Hospital Português, na Cidade do Recife-PE, de Janeiro a Junho de 2024, vinculado a um projeto de pesquisa aprovado previamente (nº do Parecer: 6.618.083) e cadastrado na plataforma de ensaio clínico brasileiro (RBR-103n2zss). O público-alvo constituiu pacientes com DRC estadiamento 4 e 5 não dialítico acompanhados ambulatorialmente com indicação de confecção de FAV e aqueles que já possuíam a FAV confeccionada em até 24 meses antes do início deste projeto. A avaliação físico-funcional incluiu dados clínicos, antropométricos e funcionais, onde os alunos auxiliaram e acompanharam as coletas, sendo estas realizadas antes e depois do protocolo de intervenção. O protocolo de intervenção foi individualizado, teve duração de quatro semanas consecutivas e ocorreu alternadamente de forma presencial (2x/semana) e domiciliar (3x/semana). Os atendimentos presenciais foram supervisionados por fisioterapeutas treinados e executados por discentes de graduação em fisioterapia de diferentes períodos e instituições. Foram realizados exercícios de flexo-extensão de dedos e punho, preensão palmar de bola, exercício isométrico com handgrip de mola, exercícios isotônicos com levantamento de peso com halteres e polia, alongamento estático para músculos flexores-extensores de dedos e punho. O projeto iniciou com um treinamento teórico-prático com duração de um mês. A triagem, o recrutamento e o treinamento de pacientes ocorreram em fluxo contínuo. Todas as ações realizadas foram discutidas e supervisionadas pela professora coordenadora e executadas pelo discente de mestrado. Foram desenvolvidas reuniões científicas mensais envolvendo a discussão de evidências científicas. Resultados: Foram considerados elegíveis 22 pacientes, destes 07 realizaram a avaliação e 05 foram tratados. Participam do projeto 05 fisioterapeutas supervisores, 02 médicos nefrologistas, 04 enfermeiras, 14 discentes de graduação e 04 de pós-graduação e 03 professores. Como produto direto da pesquisa e da extensão, foram submetidos dois projetos de iniciação científica e um projeto de pesquisa para dissertação de mestrado com perspectiva de publicação de dois artigos científicos. Conclusão: Este projeto integrou ensino-pesquisa-extensão ao qualificar e integrar estudantes e profissionais de diferentes níveis de formação, promovendo a troca de saberes/experiências e o fortalecimento da fisioterapia baseada em evidências. Logo, a assistência fisioterapêutica aos pacientes com a DRC pode ser realizada e ampliada ainda no processo de formação generalista.
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