USO DO "PASSA OU REPASSA” COMO METODOLOGIA PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS PARA ADOLESCENTES EM MEDIDA SOCIOEDUCATIVA NO MUNICÍPIO DE CARUARU-PE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.142Palavras-chave:
IST, sistema socioeducativo, metodologia ativa, educação em saúdeResumo
No sistema socioeducativo, os adolescentes entre 12 à 18 anos, e até os 21 anos em casos excepcionais, têm a oportunidade de terem acesso às atividades escolares, cursos de qualificação, acompanhamento médico e informação em saúde. Segundo Silva, Guisande e Cardoso (2018), as experiências sexuais ocorrem cada vez mais precocemente, neste sentido, a falta de informação pode levar a ter comportamentos que gerem riscos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez precoce. Nessa perspectiva foi utilizada a metodologia do “passa ou repassa” como forma dinâmica para auxiliar na educação em saúde. Objetivos: Relatar experiência vivenciada na Residência Multiprofissional de Atenção Básica e Saúde da Família da ASCES-UNITA, descrevendo a ação realizada no mês de dezembro de 2023 para os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) em Caruaru, Pernambuco. Relato da experiência: Foi realizado no mês de dezembro de 2023, no Centro de Internação Provisória (CENIP), primeiro setor de entrada e de caráter provisório no sistema socioeducativo, com o quantitativo de 6 adolescentes. A abordagem foi baseada no uso da passa ou repassa, com 15 perguntas referentes às ISTs como, por exemplo: “a camisinha é a única forma de prevenir as ISTs” “AIDS é o mesmo de HIV” “a transmissão ocorre por compartilhamento de objetos”, “as ISTs sempre apresentam sintomas”. Durante este momento, eram formadas duplas de adolescentes, e eles respondiam se a afirmativa era “verdadeira” ou “falsa”, e explicavam o seu entendimento sobre a pergunta realizada. Em seguida, foi feita a contextualização teórica da pergunta pelos profissionais residentes. Reflexão sobre a experiência: Foi observado a participação ativa dos adolescentes durante a aplicação das perguntas. Embora que eles não possuam o conhecimento teórico-científico, percebe-se que eles já possuem uma bagagem empírica sobre a temática, que contribuiu para o debate e para a troca de conhecimentos entre todos os envolvidos. Ainda, que a aplicação da dinâmica em pauta, por ter seu caráter lúdico e dinâmico, contribuiu para uma melhor aceitação dos adolescentes durante o encontro. Conclusões ou recomendações: A educação em saúde teve como intuito, levar conhecimento em educação sexual, principalmente, sobre as ISTs, enquanto estratégia de diminuição da continuidade da cadeia de transmissão e levando autonomia aos adolescentes para o autocuidado. Percebe-se que o uso de metodologias lúdicas e dinâmicas com adolescentes em medida socioeducativa, possibilitou uma efetiva participação, bem como, uma importante interação entre profissionais e estes usuários.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 International Journal of Health Sciences
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.