ANIMAIS SINANTRÓPICOS X TRANSMISSÃO DE ZOONOSES: PERCEPÇÃODOS MORADORES DO SERTÃO CENTRAL PERNAMBUCANO
DOI:
https://doi.org/10.31692/5kctmy32Palavras-chave:
Percepção, Vetores de doenças, Vigilância Epidemiológica, ZoonosesResumo
As zoonoses são doenças ou infecções facilmente
transmitidas por animais aos seres humanos. Essas doenças
podem ser transmitidas entre animais e pessoas por intermédio
de bactérias, fungos, vírus e até parasitas. É preciso que a
população tenha um maior entendimento sobre as doenças
zoonóticas e os perigos em manter-se em contatos com animais
domésticos e de se expor ao convívio equivocado com animais
da fauna silvestres. Para que aconteça a prevenção, ou o
controle das zoonoses, é preciso alertar a população sobre não
alimentar animais de rua, vedar janelas, vãos, aberturas de
telhados e preencher as caixas de ar condicionados com telas
para evitar que pombos ou morcegos adentrem esses ambientes
e se reproduzam utilizando-se desses espaços como moradia.
Em caso de grandes concentrações de animais como cães, gatos
e pombos nas ruas, ou de morcegos em residências é
aconselhável acionar os órgãos públicos de controle de
endemias para que estes realizem o controle das populações
locais desses animais Partindo desse pressuposto, o objetivo do
presente estudo foi identificar o nível de conhecimento da
população em relação às principais zoonoses e seus principais
vetores para os seres humanos. Para identificar a realidade em
que a população alvo do estudo encontra-se acerca do
conhecimento zoonótico, foi realizada a aplicação de um
questionário digital compartilhados nos grupos das redes
sociais, com ajuda da comunidade escolar e acadêmica.
Mediante aos resultados apresentados, pode-se identificar um
relevante padrão nos respondentes oriundo da lacuna de
conhecimento a respeito do que são essas doenças, bem como,
acerca das suas formas de transmissão e prevenção. Isso põe
em xeque as estratégias até então executadas pelos programas
de educação e comunicação em saúde pública dos municípios
que compõem o Sertão Central Pernambucano. Além de
evidenciar o elevado risco potencial de contágio em que a
população se encontra, o que explica a prevalência de grande
parte das zoonoses na região alvo do estudo.
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