CONSEQUÊNCIA DO ABANDONO DE ANIMAIS PARA A SAÚDE PÚBLICA NA ZONA URBANA DA CIDADE DE SERRITA-PE

Autores

  • Lic. Maria Mylena A. Neto Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central-FACHUSC
  • Me. Geraldo Martins de O. Júnior Universidade Federal de Pernambuco - UFPE https://orcid.org/0000-0001-9195-240X
  • Me. José Pinheiro do Monte Universidade Federal da Paraíba - UFPB

DOI:

https://doi.org/10.31692/ijhspdvs.v3i1.56

Palavras-chave:

Animais não Domiciliados; Zoonoses; Descaso

Resumo

É frequente o abandono de animais no Brasil, assim como em toda a América Latina, a dependência e convivência desses com o homem trouxeram também consequências negativas que cresceram desordenadamente a cada dia, sendo elas o descaso e os maus tratos, tornando comuns nas ruas a presença de animais, sem o conforto que teriam em um lar. Desta forma, este trabalho objetivou analisar a percepção de moradores de um dos principais bairros da cidade de Serrita-PE sobre animais não domiciliados e suas consequências em espaços urbanos. A pesquisa foi executada a partir de uma análise de campo onde foram colhidas informações acerca das consequências do abandono de animais (cães e gatos) à saúde pública. Para isso, foram realizadas entrevistas com moradores, com representantes da vigilância sanitária e de uma ONG relacionada ao acolhimento e cuidado de animais em situação de rua. Dentre os resultados obtidos, constatou-se que dos 22 entrevistados da Vila São Miguel todos afirmaram a existência de animais que perambulam pelas ruas e muitos deles estão com algum tipo de doença e foram unânimes em dizer que é necessário a existência de um canil para o recolhimento desses animais. Além disso, constatou-se que a maioria possui mais cães (49%) do que gatos (32%), sendo observado que existem a domesticação de alguns outros animais (aves e anfíbios). Com relação a ONG Acode Patinhas, foi informado que medidas e cuidados são tomados, onde o trabalho é feito por um grupo de pessoas que trabalham voluntariamente, e se preocupam com o bem-estar animal. No tocante a Vigilância Sanitária, foi relatado que são recebidos pelo menos 4 casos (por mês) de animais com zoonoses, durante campanha as pessoas são advertidas através de palestras, visitas, panfletagem acerca da transmissão de doenças. O presente artigo analisou que o convívio social entre homem e pequenos animais atualmente é frequente, com isso, é necessário educar a população acerca das doenças zoonóticas e sua prevenção. Com esse trabalho foi possível compreender que há uma privação de instrução no que diz respeito a esses males. É essencial e precisa ser retificado, assim como colocado em prática políticas públicas que conscientizem as pessoas, em não tratar animais como seres insignificantes.

Biografia do Autor

  • Lic. Maria Mylena A. Neto, Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central-FACHUSC

    ME FORMEI NO ANO DE 2022 E POSSUO LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PELA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SERTÃO CENTRAL - FACHUSC.

  • Me. Geraldo Martins de O. Júnior, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central - Fachusc (2012), especialização em Gestão Ambiental com Ênfase em Auditoria e Perícia pela Faculdade do Vale do Jaguaribe - FVJ (2014) e mestrado em Ensino de Biologia pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE/ Mestrado Profissional em Ensino de Biologia - PROFBIO (2020). Atualmente é professor efetivo de biologia - Secretaria de Educação de Pernambuco. Tem experiência na área de Ecologia, Gestão Ambiental e Educação.

  • Me. José Pinheiro do Monte, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

    Possui LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS - HABILITAÇÃO EM BIOLOGIA pela Universidade Regional do Cariri - URCA (1992). ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM BOTÂNICA pela mesma Universidade (2001). Biólogo, registrado no Conselho Regional de Biologia 5 - sob o número 77.652/05-D. Atualmente é PROFESSOR DA EDUCAÇÃO SUPERIOR ASSISTENTE do CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SERTÃO CENTRAL - FACHUSC, Salgueiro-Pernambuco e professor da educação básica da SEE - Pernambuco lotado na ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO DE SALGUEIRO - EREMSAL. Mestre em Ensino de Biologia pelo Profbio em Rede Nacional pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB (2024). Pesquisador na área de Genética Clássica e Molecular e Ensino de Biologia.

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Publicado

01-08-2024

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