CONSEQUÊNCIA DO ABANDONO DE ANIMAIS PARA A SAÚDE PÚBLICA NA ZONA URBANA DA CIDADE DE SERRITA-PE
DOI:
https://doi.org/10.31692/ijhspdvs.v3i1.56Palavras-chave:
Animais não Domiciliados; Zoonoses; DescasoResumo
É frequente o abandono de animais no Brasil, assim como em toda a América Latina, a dependência e convivência desses com o homem trouxeram também consequências negativas que cresceram desordenadamente a cada dia, sendo elas o descaso e os maus tratos, tornando comuns nas ruas a presença de animais, sem o conforto que teriam em um lar. Desta forma, este trabalho objetivou analisar a percepção de moradores de um dos principais bairros da cidade de Serrita-PE sobre animais não domiciliados e suas consequências em espaços urbanos. A pesquisa foi executada a partir de uma análise de campo onde foram colhidas informações acerca das consequências do abandono de animais (cães e gatos) à saúde pública. Para isso, foram realizadas entrevistas com moradores, com representantes da vigilância sanitária e de uma ONG relacionada ao acolhimento e cuidado de animais em situação de rua. Dentre os resultados obtidos, constatou-se que dos 22 entrevistados da Vila São Miguel todos afirmaram a existência de animais que perambulam pelas ruas e muitos deles estão com algum tipo de doença e foram unânimes em dizer que é necessário a existência de um canil para o recolhimento desses animais. Além disso, constatou-se que a maioria possui mais cães (49%) do que gatos (32%), sendo observado que existem a domesticação de alguns outros animais (aves e anfíbios). Com relação a ONG Acode Patinhas, foi informado que medidas e cuidados são tomados, onde o trabalho é feito por um grupo de pessoas que trabalham voluntariamente, e se preocupam com o bem-estar animal. No tocante a Vigilância Sanitária, foi relatado que são recebidos pelo menos 4 casos (por mês) de animais com zoonoses, durante campanha as pessoas são advertidas através de palestras, visitas, panfletagem acerca da transmissão de doenças. O presente artigo analisou que o convívio social entre homem e pequenos animais atualmente é frequente, com isso, é necessário educar a população acerca das doenças zoonóticas e sua prevenção. Com esse trabalho foi possível compreender que há uma privação de instrução no que diz respeito a esses males. É essencial e precisa ser retificado, assim como colocado em prática políticas públicas que conscientizem as pessoas, em não tratar animais como seres insignificantes.
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