PREDITORES DE SOFRIMENTO PSÍQUICO NOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO COMBATE À COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.31692/hsk7jh94Keywords:
Saúde Mental; COVID-19; EnfermagemAbstract
Após os primeiros casos da COVID-19, na cidade de
Wuhan, na China, e com o decorrer da evolução
global da doença, houve impacto significativo na
qualidade de vida e trabalho dos profissionais da
enfermagem no Brasil e no mundo. Este estudo
objetiva identificar os fatores que contribuem para a
ocorrência dos sintomas preditores de sofrimento
mental nos profissionais de enfermagem durante a
pandemia por COVID-19, adotando como
metodologia a revisão integrativa de literatura,
utilizando apenas artigos originais e na íntegra, que
foram recuperadas nas bases de dados: MEDLINE,
LILACS e BDENF entre os meses de maio e junho de
2021, utilizando os descritores: “saúde-mental”,
“COVID- 19” e “enfermagem”, que responderam a
questão norteadora: “Quais são os fatores que
contribuem para ocorrência dos sintomas preditores de
sofrimento mental nos profissionais de enfermagem
durante a pandemia por COVID-19?”. Foram
localizados 278 artigos, após a utilização dos filtros
restaram 255 periódicos completos e disponíveis na
íntegra. Sendo: 174 da MEDLINE, 54 da LILACS e
27 da BDENF. Após a leitura dos títulos, foram
selecionados 57 artigos, onde após a leitura dos
resumos foram desconsiderados 43, pois se tratava de
artigos de revisão de literatura (11), apresentavam
outros métodos (02) ou não respondiam à questão
norteadora e não abordavam o tema central (30).
Logo, a amostra foi constituída por 14 artigos. Após a
leitura na íntegra, análises, interpretações e apresentações sob a forma de texto e quadros através de uma avaliação da síntese e considerações de cada estudo selecionado e organizados contendo suas principais informações, objetivando-se captar as evidências científicas que abordassem o teor proposto, foi possível categorizar os achados em três seções: necessidades de reconhecimento, superlotação e alta demanda, e infraestrutura e precárias condições laborais. Entre os principais preditores identificados nos profissionais de enfermagem estão: ansiedade, depressão e o medo, assim como, a insegurança que se inicia desde o ambiente de trabalho até a chegada aos seus lares. No entanto, essa problemática não é considerada nova, o que de fato intensificou esses achados foi a partir da instalação da COVID-19, o que nos faz refletir sobre a real necessidade de políticas públicas efetivas para minimizar ao máximo os estressores dentro do ambiente de trabalho e consequentemente favorecer na melhor qualidade de vida no contexto biopsicossocial desses profissionais.
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