GERENCIAMENTO DE RADIOFÁRMACOS EMSERVIÇOS DE MEDICINA NUCLEAR: ESTATÍSTICAS E PERSPECTIVAS NA ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO CENÁRIO NACIONAL
DOI:
https://doi.org/10.31692/2764-3433.v1i2.67Keywords:
Farmacêutico, Radionuclídeo, Radiofármacos, Rejeitos radioativos, Medicina nuclearAbstract
Radiofármacos são medicamentos radioativos, com finalidade diagnóstica ou terapêutica, que constituem a base dos serviços oferecidos pela medicina nuclear. A radiofarmácia é responsável pelo planejamento, preparo e controle da qualidade dos radiofármacos utilizados na Medicina Nuclear, que também são aplicados na realização de exames sofisticados de diagnóstico por imagens. No Brasil, a maioria dos radiofármacos utilizados na clínica são produzidos por instituições regulamentadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, sendo, um deles, o Instituto de Pesquisa Energética (IPEN). Dentre a atuação da equipe multidisciplinar, as atividades relacionadas à produção, manuseio e descarte radiofármacos são privativas do profissional farmacêutico. Este estudo teve como objetivo compilar alguns dados estatísticos e perspectivas no âmbito nacional bem como verificar as práticas do profissional farmacêutico no manuseio, dispensação e descarte destes compostos. Para compor a pesquisa, utilizou-se publicações nacionais e internacionais dos últimos 20 anos. A pesquisa mostrou que a maioria dos procedimentos ambulatoriais de Medicina Nuclear terapêutica e diagnóstica são efetuadas em instituições privadas, além disso existe ainda uma carência de profissionais com expertise na área de medicina nuclear. Observou-se ainda que esses fármacos geram lixos radioativos, necessitando assim de descarte de forma segura, exigindo assim do profissional farmacêutico certos cuidados voltados para a auto proteção, considerando uma maior exposição às radiações ionizantes. Conclui-se que o Brasil apresenta poucos centros produtores de radiofármacos. Ademais a radiofarmácia exige do radiofarmacêutico uma profunda qualificação, uma vez que ele é o responsável pela produção, manipulação e dispensação de radiofármacos nos setores hospitalar, industrial e nas radiofarmácias centralizadas.
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ARTIGO ORIGINAL
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