CONTRIBUIÇÕES DA IMERSÃO DE DOCENTES NAS ATIVIDADES DE PROJETOS DE EXTENSÃO

Autores

  • CARINA GLEICE TABOSA QUIXABEIRA
  • MARIA WANDERLEYA DE LAVOR CORIOLANO
  • ANA PAULA ESMERALDO LIMA

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.145

Palavras-chave:

ensino, prática do docente de enfermagem, relações comunidade-instituição

Resumo

O educador que objetiva a transformação de realidades deve estar disposto a ensinar e a aprender; não é possível deter todos os conhecimentos, entretanto, é possível utilizar os seus conhecimentos prévios junto a novas experiências absorvidas que se tornarão ferramentas de ensino-aprendizagem em sua caminhada como educador. Nesse contexto e com foco na ativação de processos de mudanças nos cursos de graduação, a extensão é um pilar da educação universitária que estimula o engajamento da universidade a cuidar e se preocupar com a sociedade. Apesar de a essência da extensão seja promover cuidado à população, sabe-se que, nem sempre, é observada a participação ativa dos educadores nas atividades de extensão junto aos alunos, pois esses concentram-se na face gerencial dos projetos. Objetivos: relatar a experiência de uma enfermeira e professora substituta da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) durante a imersão como extensionista no Projeto “O Caminho UFPE: grupo de humanização” e refletir sobre as contribuições da extensão para a docência, para os alunos e para a população. Relato da experiência: Durante os meses de Janeiro a Julho de 2019 foi possível a participação da docente como extensionista junto a alunos de diversos cursos de graduação da UFPE em ações de humanização voltadas a pacientes e seus acompanhantes internados no Hospital das Clínicas-EBSERH/UFPE. Desde o processo seletivo do projeto de extensão, novos conhecimentos de dinâmica e interação em grupo foram apreendidos, assim como a percepção da significação da extensão para os alunos participantes. Além dessa visão, foi possível perceber o engajamento e maturação do grupo ao longo das atividades, pois havia momentos específicos para compartilhamento de sentimentos e diálogo sobre o que havia sido vivenciado; todo o processo foi operacionalizado pelos alunos mais experientes. Desse modo, foi possível perceber a ansiedade dos discentes em relação ao contato com algo novo, da experiência de adentrar o hospital e interagir com os pacientes de modo humanizado e a assimilação do “ser profissional” com o “ser social” de cada um. Todas essas vivências tornaram-se base para aplicação em outras ideias de extensão. Reflexões sobre a experiência: Percebe-se que, como docente inserida em um espaço frequentemente voltado para o alunado, coexistem grandes e preciosas oportunidades de aprendizado social e profissional. A experiência proporcionou a aproximação do universo da descoberta e do enfrentamento de medos e dificuldades frequentemente vivenciadas na graduação. Participar deste processo de crescimento mútuo reluziu a necessidade de os educadores tornarem-se ativos no processo de mudança não só no gerenciamento das atividades, mas, estar junto e aprender junto. Portanto, são evidentes os benefícios para docentes, alunos e população, que são beneficiadas direta ou indiretamente. Conclusões: Os docentes universitários, assim como os discentes, devem ser estimulados a participarem ativamente do processo de mudança objetivado pelos projetos de extensão ofertados nas universidades. Desse modo, é possível que os docentes utilizem as vivências para desenvolver novas habilidades, compartilhar e recepcionar novos conhecimentos por meio de trocas e participar ativamente do processo de aprendizado.

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Publicado

09-11-2024

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