O USO DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON

Authors

  • RAFAELA OLIVEIRA
  • VICTORIA VALENTINA DE MORAIS DIAZ
  • MARLY CAROLINE MENDONÇA RAMIRES

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.137

Keywords:

doença de Parkinson, estimulação cerebral profunda (DBS), coordenação motora, qualidade de vida

Abstract

A doença de Parkinson trata-se de uma condição de fisiopatologia neurodegenerativa progressiva das células presentes na substância negra que irão produzir a dopamina, ao alterar a síntese desse neurotransmissor são provocados sintomas que afetam diretamente a coordenação motora como tremores, rigidez e bradicinesia. A estimulação cerebral profunda (DBS - Deep Brain Stimulation) consiste em um procedimento neurocirúrgico onde há a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, como o núcleo subtalâmico e segmento interno do globo pálido, esses são conectados a um dispositivo gerador de pulsos que irá ser colocado sob a pele (em geral na região do tórax), assim diminui sintomas não motores e a própria discinesia.  Diante disso, surge como uma opção terapêutica de suma importância para pacientes que possuem a patologia, porém não respondem adequadamente aos tratamentos medicamentosos. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi revisar os efeitos da “DBS” no tratamento da doença de Parkinson avaliando sua eficácia, segurança e impacto na qualidade de vida dos pacientes. Metodologia: A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio das plataformas do Google Acadêmico, Pubmed e Scielo, utilizando como critérios de inclusão os artigos publicados desde 2019 e exclusão dos artigos que não foram publicados em português ou inglês. Foram selecionados 84 artigos, publicados entre 2019 e 2024 com os descritores DBS, estimulação cerebral e doença de Parkinson. Resultados: Os resultados mostram que a estimulação profunda cerebral é eficaz na melhoria dos sintomas motores principais da patologia, como rigidez, bradicinesia e tremores. Pacientes expostos a essa terapia apresentaram redução significativa de medicamentos dopaminérgica, como a Levodopa, diminuindo seus efeitos colaterais que são: boca seca, constipação intestinal, confusão mental e retenção urinária. Além disso, a DBS mostra-se satisfatória pois melhora a qualidade de vida por trazer maior independência e capacidade de realizar as atividades diárias. Porém o procedimento também traz risco, entre eles o mais comum, são as infecções no local do implante, hemorragias intracranianas e alterações comportamentais do paciente. Contudo a taxa de incidência das complicações graves é baixa, e a adesão ao tratamento leva em conta os benefícios superarem os riscos. Conclusões: A partir da pesquisa bibliográfica levantada é possível ressaltar que novas alternativas para o tratamento do Parkinson são necessárias para o bem-estar do paciente, como o uso da estimulação profunda cerebral que avança como uma forma de tratamento adequada, quando o tratamento medicamentoso não é efetivo. Essa proposta terapêutica proporciona melhora dos sintomas e qualidade de vida, embora também tenha suas complicações, por isso a decisão de uso da DBS deve ser individualizada, levando em conta o perfil do indivíduo e a experiência da equipe médica. Estudos futuros virão para otimizar os protocolos e minimizar os riscos associados ao procedimento, e serão necessários para garantir desfechos positivos para os pacientes com a doença de Parkinson.

Published

2024-10-30

How to Cite

O USO DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON. (2024). International Journal of Health Sciences, 4(2), 195-196. https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.137

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