EXPERIÊNCIA: A MÚSICA NOS HOSPITAIS E SUAS EMOÇÕES

Autores

  • ORLANDO ARAÚJO CHAVES
  • ANNA CLÁUDIA REITHLER
  • CLÁUDIA ANGELA VILELA DE ALMEIDA
  • FLÁVIA PATRÍCIA MORAIS DE MEDEIRO

DOI:

https://doi.org/10.31692/2764-3433.v3i2.128

Palavras-chave:

música, saúde, UTI, paciente internados

Resumo

A música é parte integrante da vida humana e da cultura. Ela é uma forma de arte e um símbolo de representação emocional. Durante meu curso universitário em música, estou tendo a oportunidade de vivenciar uma experiência enriquecedora ao realizar um estágio em um hospital universitário. Objetivo: Observar e participar de atividades musicais realizadas com pacientes internados no hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, visando compreender o impacto da música em suas emoções e bem-estar. Relato de experiência: O estágio ocorre nos setores do hospital, onde os pacientes passam por tratamentos intensivos e, frequentemente, enfrentam momentos de grande sofrimento emocional, como a unidade de terapia intensiva, hemodiálise, enfermaria de oncologia e quimioterapia. A nossa equipe implementa sessões musicais uma vez por semana, utilizando instrumentos variados como violão, teclado e percussão, além de promoverem momentos de canto e escuta musical. Para documentar minha experiência, realizei performances artísticas e entrevistas com os pacientes, buscando captar a percepção deles sobre a influência da música em seu estado emocional e qualidade de vida. Reflexão sobre a experiência: Desde o primeiro dia, ficou evidente o poder transformador da música. Em uma das sessões, uma paciente idosa, que inicialmente se mostrou retraída e desanimada, começou a cantar junto conosco. Aos poucos, seu semblante mudou, mostrando um sorriso genuíno. Ela relatou que a música a fez se sentir melhor, em meio ao sofrimento que estava enfrentando. Outro caso marcante foi o de um jovem paciente que enfrentava um tratamento longo e doloroso. Ele se mostrou bastante interessado em ouvir a apresentação, chegando a demonstrar interesse pelos instrumentos e até participou ativamente, tocando violão e cantando. O jovem revelou que a música o ajudava a desviar a atenção do sofrimento e a encontrar um refúgio emocional durante os momentos mais difíceis do tratamento. Os profissionais de saúde também notaram mudanças significativas no ambiente hospitalar. Enfermeiros e médicos relataram que os pacientes se mostraram mais calmos e cooperativos após as sessões. Além disso, a música parecia criar um ambiente mais leve e acolhedor, o que beneficiava não apenas os pacientes, mas também a equipe de saúde. Conclusões: Minha vivência no hospital universitário reforçou a importância da música como ferramenta terapêutica. A música não apenas proporcionou momentos de alívio e alegria para os pacientes, mas também promoveu um espaço de expressão emocional e fortalecimento de vínculos humanos. Essa experiência consolidou minha crença no potencial transformador da música e na necessidade de integrá-la cada vez mais nas práticas de saúde. Acredito que a música deve ser vista como um complemento essencial no cuidado integral dos pacientes, oferecendo uma abordagem humanizada e empática que vai além dos tratamentos médicos tradicionais. Esta vivência será sempre uma lembrança valiosa em minha trajetória acadêmica e profissional, inspirando-me a continuar explorando e promovendo o uso terapêutico da música em diferentes contextos de saúde. Registro no SIGPROJ N°: 383250.2167.8711 6.06062022

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Publicado

09-11-2024

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